RICARDO V. BARRADAS: Quando dizem que a arte contemporânea…

Quando dizem que a arte contemporânea tem que ser abstrata ou concreta, eu rebato por que não concordo… até por que a arte concreta estipula uma técnica especializada de geometria rígida e execução primorosa com alto rigor do planejamento e desenho para só depois introduzir a cor. Acho mesmo que a abstração e a arte concreta sejam uma pré-fase da ” TEC ART ” , arte digital a partir dos computadores. A princípio uma arte binária, zero e hum , formas e figuras impressas via fax e encrencadas engrenagens impressoras que se limitavam ao preto e branco e nada mais….Mas a arte digital, a Tec Art deu pulos imensos na ultima década se afastando do sistema binário arcaico, década de 1940 IBM, na década de 1960 pinturas rigorosamente construídas a partir de preceitos matemáticos formais, divagando para um abstracionismo concreto até ocorrendo hoje no primeira quartel do século XXI, sistemas de 7D – Sétima Dimensão já existente hoje no Japão em sistemas avançados de Realidade Virtual o que causará na arte digital e na tec art uma nova revolução . Por mais que a maioria dos artistas gostem de separar um sistema de outro, sistema artístico e outro comercial eu particularmente não consigo diferenciar e vou um pouco mais alem….atribuindo a certos nomes das artes gráficas comerciais, em vários países, como protagonistas de experimentações artísticas de sucesso e campanhas de marketing e publicidade como laboratórios prolixos de novas experiências e experimentos de sucessos que foram absorvidos pela arte – arte digital e a tec art. No Brasil nomes como Hélio Oiticica, Neville d’Almeida, Farnese de Andrade, Paulo Roberto Leal, Osmar Dilon, Aloísio Carvão no grupo Frente no RJ, Waldermar Cordeiro no grupo Ruptura em SP, Júlio Plaza e Abrão Palatinick com desdobramentos na arte cinética, são cada um deles pioneiros e ao mesmo tempo interlocutores não mais da maquina industrial mas das máquinas digitais e o relativismo tempo, espaço e da própria arte. O ser humano tem à ideia – o artista e daí busca a forma digital para construir, desenvolver ou mesmo constituir a obra sendo plataforma e técnica. E a sutileza da mensagem vinculada no sentido da obra que é levada diretamente ao observador que recebe ou mesmo é convidado a fazer parte da obra, aí sim está propriamente à Arte. Por mais que muitas vezes a arte seja muito mais conceitual, temporal do que formal.

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