A SERTANEJA
A mulher sentada no chão de terra batida, tem em seus braços magros uma pequena criança inerte. Ao seu lado, apertando um dos seios murchos e ressecados de sua mãe, um menino espera por um leite que não virá. O sol escaldante turva a visão e confunde o raciocínio. A sertaneja observa o horizonte desolada, não sabe o que fazer, e ainda que soubesse, não teria forças para executar. As moscas rondam insistentes, e na porta da casa de taipa, urubus espreitam um possível jantar. A morte ronda silenciosa. O olhar da mãe volta-se para o pequeno ser em seus braços. ESTÁ MORTO! Não suportou a dureza da seca, mais um que a fome levou.