Inconcebíveis
Inconcebíveis palavras são ditas No silêncio do pensamento Exulta, ó sensível coração! Tua essência é como uma árvore frutífera e sedenta Que alimenta e sacia os pobres famintos; Vem a mim, ó doce e apetecível vinho, Deixa o teu líquido verter pelos córregos O teu veneno imortal; Deem-me numa taça as borbulhas Deste intenso vermelho sanguíneo Manchando minha consciência No cume da minha eterna felicidade. Esconde no recôndito de teu coração O jardim que tanto cuidaste Para a farta produção dos nobres parreirais.