A ESPADA E A HARPA
(texto extraído do livro: “WE” – Robert A. Johnson)
Duas coisas são necessárias à um herói: uma espada e uma harpa. A espada simboliza o uso drástico e agressivo do poder masculino. Com ela o herói enfrenta o mundo agressivamente, assume o controle da situação, posiciona-se firmemente e derrota o adversário. Mentalmente, a espada é o intelecto discriminador que divide e analisa. Em sentido figurado, ela “corta” em pedaços os problemas e as idéias para compreendê-los; é a faculdade lógica e crítica da mente. Todos nós necessitamos do poder da espada. Existem ocasiões em que precisamos ser lógicos e analíticos. Às vezes precisamos nos posicionar com firmeza. Mas também existem ocasiões em que nem a lógica nem a força nos podem ajudar; é então que precisamos recorrer à harpa. Com o poder da harpa, construímos relacionamentos, demonstrando sentimento e amor. A harpa representa o poder de desenvolver um senso de valores, de afirmar o que é bom e verdadeiro, de apreciar o belo. A harpa permite que o herói coloque a espada a serviço de um ideal nobre. Para ser completo, o herói necessita ter esses dois instrumentos. Pois sem a espada, a harpa se torna ineficaz; e sem a harpa, a espada fica reduzida à força bruta e egoísta. A espada não é capaz de construir relacionamentos. Ela não pode resolver problemas, não pode unir as coisas; ela só consegue rasgar. Se você quiser “juntar os pedaços” e construir um bom relacionamento, então vai precisar aprender a usar a linguagem da harpa. Você precisa dar segurança às outras pessoas, expressar seu amor, seus sentimentos e sua dedicação. Esta é uma lei absoluta: “A espada fere e separa; a harpa une e cicatriza”.