Rodrigo Sousa: Despedida I. Menina de sorriso viciante…

Despedida

I.

Menina de sorriso viciante Dilacera-me a alma Acalenta-me o coração Sorria-me mais uma vez

Toque profundo Toque da alma Abstrato não há se o abstrato tivera se deixado tomar-se por diferente

As cores, o toque seu Toque único, inexistente em qualquer outro lugar ou alguém Som profundo, viciante e doce de sua voz Seria o padrão o que se deve ir a frente?

O coração que pulsa juntamente ao corpo quando em contato com ti Morre, sofre de saudades quand9 vai-te embora Chuva cai, chuva molha O que devia-se ser alegria foi-se embora

Aproximar-te-ia ao pulso constante, mas irregular. Chuva vem, vai embora Tempo voa, tempo para Saudade constante, tempo irreversível e congelado.

II.

Goteja a torneira Silêncio total. Onde está? A pulsação minha que tivera evaporado de pouco em pouco? Não há sublimação, nem botão de replay. Meu cérebro é a câmera; meus olhos, display.

Inquestionável verdade absoluta, virou-se contra o ritual-centro? Ahh, o velho ritual da vida… nascer, viver morrer. Goteja as nuvens carregadas, goteja os olhos carregados.

Disso se fez a vida: altos e baixos. A despedida dolorosa que devora-me o corpo. Não só o corpo, mas também a alma.

Se demora meses ou anos a se construir e segundos para voltar do zero. Não seria esse o ciclo da vida?

SOUSA, Rodrigo. 2019

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