A alameda
Árvores ao longo plantadas, rua larga casas antigas,luzes acesas. Pelas calçadas à noite, tornam-na mais linda, elegante,iluminada . Passeios largos limpos, flores nos muros. Silêncio, vazio da noite apenas o silvo do guarda noturno, ao longe se ouve. Passo bem devagar,saboreio o que vejo,parece-me em outro lugar estar. Gosto de pelas noites ali passear, vejo em cada janela teu rosto. Pelos portões entre as grades costume era, de nos vermos. A rosa da casa ao lado mais linda era,tu a punhas nos cabelos e um beijo com as mãos mandavas, eu o guardava em meu peito. A tudo isso revejo, quando por esta larga rua passo, em cada luz teu olhar está. De braços dados, pelo passeio andamos,e é rara a noite, que pelas grades de todos os portões, te vejo.
(Roldão Aires) Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil Membro da U.B.E