em meus passos surdos invado uma sala lotada em meus fones uma utopia em meu peito uma poça essa umidade acumulada se agrava quando o inverno vem
uma poesia escrita com tanto desdém no verso de uma nota fiscal, um rascunho de mim exposto no aperto de um bloco de notas
uma mancha de café difama o branco da minha gravata uma ansiedade escarlate mancha a neve do meu sorriso.
Roney Rodrigues em “Ansiedade Escarlate”