CARÊNCIAS
Caminho, neste instante, no deserto das palavras carregando a poeira dos poemas e o vento da falta de sentimentos. O céu está cheio de estrelas, mas nenhuma a mim pertence Nem a lua, nesta noite, pode ser minha confidente. Estou abandonada na estrada, sem caminhos, sem moradas para desespero de minha alma que não consegue ficar silente. E neste marasmo imponente pareço uma bêbada sem rumo contorcendo o corpo de ressaca. Careço, neste momento, do alento dos movimentos das doces e leves loucuras dos dias efervescentes e até uma estrela cadente,me é suficiente para preencher a minha madrugada vazia. No fundo, CAREÇO DE POESIA.