Não há lugar pra vida onde há morte
De brilho destituída… sem vida. Pálida, álgida… linda e mórbida… da vida subtraída. Coração de gelo não mais se enternece com seu triste apelo…
Coração vazio ? de vida ?, desabitado… Coração despedaçado. Ele aqui onde se diz que a vida… num vácuo, na verdade, Está a seguir só, mórbido… desesperançado… Sua mão ao tocar a dela… como mil vezes antes, tremeu. Cadê aquela corrente elétrica a que estavam acostumados? A falta de vida… o poder da morte… quem a escafedeu?
Toca ele mais uma vez seus lábios de carmim… tantas vezes beijados… Sente-os desbotados… não se movem… comprovam: está tudo acabado.
`Pobre moço triste? – uma voz sussurra…
Ah Camões! Teu verso aqui cabe tão bem… Oh! ?Alma minha gentil que te partiste…? por que partiste!? Nunca antes havia achado a vida tão triste. Nunca tinha vivido uma vida tão escura.
Um vento gélido soprou… A morte o que da vida levou? Um calor que não mais existe… A morte o que da vida deixou? Ele mórbido, entorpecido… de toda vida esquecido…. Segue a continuar… completamente sem sentido.