A depressão tem sido discutida por especialistas renomados. Antes o que era tabu, hoje levado a sério. Sempre fui uma apaixonada pela mente humana, mesmo não sendo graduada nesse sentido, sempre quis entender como funcionamos, agimos e reagimos a determinada dor. São incontáveis as formas de sentir. O sentir de um depressivo é quase que insuportável, tudo é em grande escala, mas sempre existe um gatilho, aquilo que nos desgoverna a ponto de perder a consciência do que é verdade do que foi criado pelo desespero. É tudo tão intenso… A falta de ar, os movimentos involuntários do corpo, a dor física, o desespero emocional, a taquicardia, as lágrimas que regam todo rosto, é um inferno próprio, que muitas vezes temos vergonha de compartilhar. Mas nesse momento, ao sentir a respiração ofegante, tudo o que não podemos é ficar só. As vezes perdemos o sentido do que é real, daí respirar fundo e lentamente vai ajudar. Direcionar os pensamentos às boas lembranças também irá nos resgatar do fundo do poço, saber que não estamos sozinhos e que chegamos até aqui, irá nos motivar a continuar. Descobrir o que nos faz sorrir. Enterder que o perdão é uma chave poderosa, mesmo quando devemos isso a nós mesmos, pois esse ao meu ver é o jeito mais difícil de perdoar. Nos encarar na frente do espelho e nos apaixonar por toda força que tivemos até aqui, caindo, parando e continuando, reconhecer que nem sempre fizemos o certo, mas erramos tentando acertar. Cada um temos uma história, respeite-a.