Rosario Saraiva: Por vezes me perco viajando em tempos…

Por vezes me perco viajando em tempos que já estive e em outros que não sei como serão. Saber o que se espera do futuro nem sempre é suficiente, as vezes queremos regular os ponteiros quando o relógio não nos pertence, uma forma de tentar correr mesmo sabendo que a aprendizagem se faz principalmente no início do andar, onde as pernas ainda bambeiam. Quando se fecha os olhos e abrimos o coração nos vem respostas que nem nós somos capazes de elaborar. Sentir as intuições, porém sem desacreditar das intenções… As maiores revoluções acontecem no interior e nem sempre é visto a olho nu, nosso universo está em constante caos, ainda assim a ordem existe. Ela existe , mesmo que minha visão fique embaçada e que meus passos rápidos percam a pressa por medo de tropeçar. São instantes de perca do chão, voo livre, pássaro preso, remessas de vozes, escassez de sons; e ainda que tenha contrastes, as cores do amor que sinto é reluzente e transparente, meu amor que se faz puro não tem cor, porem todas as cores se cabe. Vem comigo para se desconstruir, deixa eu me fazer de casa e sempre que cansada em mim encontrar descanso, me deixa ser teu abrigo e se houver perigo segurança em mim sentir. Me deixa ser, se eu não for me diz…

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