Ó anjo imaterial! o sólido é corruptível, o verso é desencarnado! a consistência do amor, não é a textura da pele, nenhuma substância converte, anímico em animação! é o opaco, que de fato, é concreto, é muito além do métrico, a estética do inverso, do que me desfigura, e só a ti prefigura, esse meu insólito…tocar.
Eis o vibrato atroz dos artigos possessivos! o ríspido silêncio é o artigo” indefinido” da alma craseada, crivada de vírgulas e grifos!
E os intervalos retinem o vício, do inexpressivo! o vício do intangível, o intocado é a canção do alusivo, na diatônica da escala figurativa, o amor oscila, como o intervalo harmônico de uma muda sinfonia!
cifras não decifram, os desarrazoados borrões, de paixões instáveis! por mais voláteis, ou inviáveis, toda volúpia, é volata abrupta, da possessão! e os agudos, são aguilhoadas, cravejam em disparada, o desespero da nota, que tenta percorrer a aorta, do coração!
Se o vibrato do arco, transpassa o adágio, tanto mais a afonia, dos caracteres inflados, do vácuo, do incorporado! a clarividência se desprende da lógica, o corpo é ilusão de ótica! só segue a carótida, da obstinação!
O artesão vê no gesso, não o frio relevo, mas o flexível sentimento, que modela a sua visão!
A textura não é tradutora, é a intermediadora, entre tocar e sentir!
Escrita é fêmea, tem estilete,florete e gineceu! nos braços de Morfeu, é ninfa carmim, em anáguas de cetim, parece sangrar em papel almaço, todo o estigma de seu ouriçado…subtender, ou será submeter?