Rubens Delfino: Entre Pai e Filho Inquieto, sempre quis…

Entre Pai e Filho

Inquieto, sempre quis um pouco mais do que a vida pudesse oferecer. Por esta vez, dou-me satisfeito, entrego-me aos pequenos eventos de cada dia.

Por aqui estou; eis-me, a certa altura do solo, nos braços da nostalgia ainda distante, pendurado em um sorriso que se insinua.

Ei-lo, devendo-me a mim mesmo, permitido na primavera que se inicia, guiado por luz irregular; devagar, divagando…

Em paz, eis-me, a certa altura do solo, tendo por vaidade, a esperança concebida, tocado pelo doce curso da existência.

– Cedo te busco, daqui a pouco, trago-te ao colo. Bastarás. Bastaremos. Fosse este o último ato… Que te abram portas, os menores sonhos, meu filho!

Rubens Delfino

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