GUERRA
Você se joga na cama se perguntando o que vai fazer mais tarde, qual a próxima aventura? Perdida em bebidas e noites se dormir, não sabe o que fazer para preencher o vazio; Se o mundo está em preto e branco você tenta colorir com toda a fantasia que você criou; Se vê no alto de um prédio de braços abertos tentando imaginar como seria o primeiro e último voô;
Busca algo que nem sabe o que é, sempre aperta os joelhos em um abraço quando se sente só; Entre amores e vícios perdidos no caos que criou, pede paz e não a busca, o que quer encontrar? Cambaleando pela estrada, não fica sóbria o suficiente para perceber a ruína a sua volta; Olha para o alto e tenta encontrar resposta, desculpa moça Deus não vai te responder por agora;
Os medos não alcançam ela, mas ela teme que todos eles a afrontem em seus momentos de lucidez; Corre contra o tempo, mas perde seu tempo no mundo imaginário em que acha que se sente melhor; A embriagues cura por um tempo, mas depois que você acorda em seu Mundo logo volta a ter dor; Está perdida em suas memórias, seu passado dói muito e todas as desilusões em toda a sua vida;
Quer matar a dor, mas não quer morrer no processo, não se odeia a ponto de não querer existir; Procura solidez ao pisar o ar, não encontra e logo ofega, não sabe por que subiu lá, e não quer saber; Não se mexe com medo de cambalear, se senta e tenta encontrar calma em sua respiração; Hoje a dor não vai ceifar sua alma, não terá uma página no jornal para contar sua triste história;
Tenta procurar um sorriso ao descer daquele prédio, olha acima, mas não acha motivos para sorrir; Nunca entendeu o motivo de todos sempre associarem o sorriso a felicidade, a boca mente muito; Corre pela rua como se tivesse atrás de algo, mas só está fugindo daquilo que quase foi seu fim; Do que vale morrer sem resistência, se é uma guerra ou sobreviveria ou morria com uma medalha.