DIVINA
Por quatro décadas Esperou em frente à porta Do que chamamos de vida Até o dia que chegaria
Ainda vestida de branco As rugas acentuavam teus sonhos E eu sem definição Poderia ser qualquer um
Na multidão dos astros Pensavas tu que O mais brilhante Só poderia ser ofuscante eu
Os olhos, o engano Eu estava chegando A tua galáxia longe da porta Minha luz por ti ainda não vista
E com toda pressa Outro sol, cansada da espera Embriagada pelos sonhos Iludida escolheu
Já próxima à morte descobre o erro Em orbita definida Olhas para o céu e me ve Brilhante a tua espera em meio ao breu