Parei naquela esquina Em pleno anoitecer Esperando sempre o mesmo o ônibus Sempre com o mesmo medo Do que poderia acontecer O tempo passando Pessoas saindo Cada vez mais passando
Vi um homem andando Em minha direção Perguntei, pra onde devo correr? Qual a razão? Mas o homem passou direto Naquele momento aliviei O coração
O ônibus encosta Passo a catraca Procurando uma resposta Porque temos que viver esse medo?
No fundão onde me sento Do meu lado ouço uma voz “Que horas são?” Mal sabia que aquela simples pergunta Me levaria a perder a inocência Sem uma simples causa , motivo, ou razão.