INTROSPECÇÃO
Quero poder falar a você, Meu amigo, minha amiga, Que a vida vou levando, Vou vivendo, vou cantando E de quando em quando, Ou por tristeza ou alegria, Sem projetar ou desejar, Derramo lágrimas sem parar É a vida do poeta… Parece sábio, pensador, cordato Não transparece rebeldia Somos como as ondas do mar, sempre girando Muitas vezes, somente calmaria Mas na grande maioria das vezes Cheios, impregnados de melancolia E aí o mar revolto nos projeta ao ostracismo E ao desconectar, perdemos a sintonia Estranhos de nós mesmos É navegar no ceticismo Nos fechamos para o mundo, Momentos necessários, fundamentais, Introspecção pensada, Para que os futuros poemas, sejam reais