SIM! SOU RUIM DA CABEÇA E DOENTE DO PÉ
Sim, eu confesso Sem remorsos, falsos pudores Sem assinar manifestos Sem em meus gestos e gostos prediletos Fazer sucesso… Eu confesso!
– Sou muito ruim da cabeça E também muito, muito doente do pé!
E não haverá neste mundo nada que me dissuada Para brincar carnaval Não vou pra avenida, desligo a TV E convicta com o sentido da vida Peço-lhes, não me levem a mal Pois, nem do afoxé Aos blocos de axé ou às sombrinhas coloridas – Que sorriem agitadas, felizes para a vida – Consigo, pelo inconsciente coletivo Ou educação de uma imensa nação Em minha convicção, dar-me por vencida… Quero paz, amor e sossego Meus livros na casa perfumada Mantras em luz ensimesmada O Divino, o silêncio… Só isto e mais nada