Tempos Perdidos
Queria ter novamente a ingenuidade, A falsa sensação de liberdade Que tinha em tempos de outrora
Mas enquanto tenho esse relapso em minha memória Perco, de mim, mais uma hora Percebo, então, que não existe demora
Mas mesmo assim peço-lhe Ôh tempo, não vais embora Pois se for vou ter que enfrentar, realmente, A vida lá fora
E observo que o próprio tempo nos conta uma história Que é efêmera como um segundo em uma hora
Porém, pensaremos no agora, no antes e no depois de nossa trajetória Nos perguntando se no final de tudo haverá alguma melhora Mas para termos alguma resposta, Teremos que perguntar para aquela senhora
Em que todos sabem onde mora, E seu preço é muito mais que uma hora É uma vida de agoras Seu nome é Velhice.