Suelen queiroz: A vida da rainha órfã Dando-lhe o…

A vida da rainha órfã Dando-lhe o nascimento, mãe visionária. Distração sombria do destino! Um ano… é muito pequena para ser pária; criança negra errada em nascer sem tino. Então, uma senhora aceitou esse pobre ser; A avó levou a criança nos braços E tornou-se materna. Coisa estranha de se conhecer. Salvar o que uma pessoa morta deixou estilhaços. Instintivamente, o oprimido sofrimento sem encolher, nas mãozinhas que se estendem na sombra; Alguém deve estar lá para o dever; deve ser bom sob o escuro céu assombra. Teme que a lágrima nos corações seque; É preciso alguém grande para dizer: Vamos amar! Isso cobre a vida com doçura em xeque, Quem é velho, quem é jovem e quem é de brigar; É por isso que Deus, este mestre oculto, Às vezes, substitue a mãe pela avó E julgando o inverno sozinho capaz de indulto, Na alma da velha choca o coração em dó. Logo, a humilde rainha nasceu, ficou órfã, Tinha seus grandes olhos de sombra e luz plena, Gaguejou as palavras da linguagem cortesã, Foi a inocência, desavergonhada da pena. este anjo, mulher antes de ser completa; E a avó, pelos anos, contemplou Como se contempla um céu que se projeta. Como esse pôr-do-sol, o amanhecer adorou! A avó construiu um lar com parcos recursos Nos prados, de onde se pode ver a cerração Que uma criança sozinha inunda com sorrisos. Planícies verdes com todos os tipos de respiração. Teve um grande jardim e este festejo todos esses perfumes e toda essa rasteira Acariciou a criança; as flores não têm desejo. Neste jardim cresceu a laranjeira, a macieira. As margaridas, os ramos foram separados para andar; Transparências da água tremiam sob as araucárias; Da inocência perdida para a vida adulta afundar face a face com o egoísmo, miséria ordinárias. A vertigem da ganância a rainha ensurdece O medo do sofrimento cegou seus atos medianos. Entre a cobiça, a inveja, aos outros oferece e desfruta o destino de ouro e prazeres mundanos. Cuidado com a sedução das trevas. Tome cuidado! Onde quer que chore e grite um cativo, Deus aparece. A liberdade que tiramos dos pássaros, soldado. O destino leva de volta ao injusto que padece. O feitiço segura a sua valente letargia. Este condenado, lança-te uma sombra escrava. A consciência humana está morta; na orgia, Ela se ajoelhou; no cadáver que lhe deprava; A prostituição do juiz é o recurso. Os clérigos fazem o honesto estremecer; Eu não vou recuar! Sem queixa no decurso, Luto no coração, despreza o rebanho desfalecer, Eu vou te abraçar no meu amável exílio Eu aceito o amargo retiro, se não tivesse fim, Sem tentar saber e sem considerar auxílio Pensando mais firme ajoelhados, Senhor do Bonfim?

E se muitos forem embora, quem deve ficar? Se somos apenas cem com a espada da Justiça, Eles são mil com maldade na nação mestiça, eu ainda tenho coragem de lutar! E a gaiola pendurada nos sonhos da sua casa Viva, cante e tire as algemas da prisão.

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