NORMA X MARILYN Nada me fará entender porque Possivelmente, provavelmente Antes que se faça breve e claro, Tênue e frágil, soluçará angustiado A frustração inoportuna De estar explícita a solidão; Mas não é bem assim, Direi que a noite está em mim E solitude é a atitude de querer achar-se só; Mas não achar-se, como se chama Esta chama morna, Norma Jeane explicaria A beleza de um desencanto Com um sorriso encantador; Nem é tão complicado se sábado é sábado Segunda é sábado, Norma era segunda, Marilyn domingo, o que era belo, era belo, O que era lindo, era lindo Mas no fundo do seu olhar Algo inquisitivo questionaria: “Que dia é amanhã?”