Tadeumemoria: SOBRE TODAS AS COISAS E SOBRE COISA…

SOBRE TODAS AS COISAS E SOBRE COISA NENHUMA Nada sobre o meu poema; Meu poema sobre todas as coisas E sobre coisa nenhuma Sobre o inexato e o imponderável Nada, nada sob um rio, o olhar perdido num vazio De um deserto perto de um longe, Longe de tudo e perto de nada, Nada, nada, nada, nada na morada; Namorada nada; besta é a ilusão De auroras com flores orvalhadas, Ocasos ao acaso de mochos, Pardais e morcegos A tristeza profunda de lagos; Lagos chorados pelos deuses da solidão E pela solidão dos deuses Pelos insetos que amam as flores E faz frutificar a vida compondo a primavera Inspirando os poetas Nada sobre o meu poema, Meu poema sobre todas as coisas E sobre coisa nenhuma Onde só cabe Iracy Tupinambá e sua tribo comeu são jorge Na lua onde proliferam os dragões Comeu os franceses que colonizariam o Brasil E se um dia eu diria je t’aime Hoje eu digo te amo Pois aprendi com os portugueses Sem nenhuma convicção de amor ou paixão

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