Eu não sou poeta Sou apenas um apaixonado Que a vida ensinou a escrever Para não viver engasgado
Rimando transformo a dor em canção E da desilusão faço versos bonitos Mitos de um amante abandonado Condenado a viver longe de quem ama
Não sou um fingidor Em versos descrevo o que sinto E não minto ao falar da dor Ou do amor ainda vivente
Não tente dar sentido para tudo o que escrevo Sou contraditório, ambíguo e evasivo Mas vivo aquilo o que rimo E rimo sobre aquilo que vivo
Sou estranho para os tolos Todos tentam entender Mas não sabem que essa dor no fundo Esconde uma pontinha de prazer