Poesia identidade
A gente anda pela rua desviando De carro, de placa, prédio, Lixo, resto de alegria A gente corre de tudo Compromisso, família Amigos, discussões A gente então perde sempre algo Dar presente no dia dos namorados Escutar aquelas gracinhas de como você cresceu Falar bobagem sem ser recriminado Ver os pontos em que errou e tentar concertar junto Daí sua respiração não te ajuda As horas passam sem nenhum significado Suas pernas estão cada vez mais agitadas Você pára e pensa Por que é que teu mundo se perdeu assim? Antes era legal ler um livro Mas, já não tens cabeça A cafeína te deixa disposto Trabalhar e ganhar dinheiro E da janela percebe A rua da vida é sempre mais estreita com o passar das casas Quanto maior o número Mais distante fica de alguém que possa te ajudar Não deixe para o fim o que se pode fazer agora É hora de organizar Porque depois, você pode descobrir que se enganou por muito tempo Sua rua era um beco Sem classe Sem nome Apenas pedra pelo chão Que não serve mais para nada Senão, incomodar a passagem De quem tem pernas para caminhar