Carta aos odiosos
Por vezes tentei transformar-te Em poesia, verso ou rima E ao fim de toda esta sina Só não quero equivocar-me
Vejo sangue escorrer novamente Uma ferida nunca curada Numa fera intocada Prometi libertar-te conscientemente
E numa tão crescente jornada, Encontro-me aqui alheia a tudo e todos Enlouqueceria aos poucos Não fossem as doses de sanidade e ódio Das quais me encontro agora colmada
Ao contrários dos dizeres nem tão sábios O ódio nutre e alimenta Fomenta, fermenta Toma de mim palavras e lábios.
Thaylla Ferreira {Amores avulsos}