Iridescência
O que é a vida se não um enigma Um jogo de esgrima sem vencedor O que é a vida se a gente não finda De uma vez por todas o que começou
O que representa esta grande impotência Da loucura desvairada Que teu pai te proporcionou E em qual esquina esteve marcada Esta promessa que tu nunca concretizou
Nesta eloquência desvairada Encontrei meu salvador Entreguei a ti, tudo que de mim sobrou, Não que fosse muito, sei, sou quase nada
Mas se nada sou, eis-me aqui entregue Torcendo pra não ser tomada, Ainda assim, cá estou, abandonada, Desejando-te da alma à epiderme.
Porque sim, tenho mil amigos Uma estante repleta de livros e Cd?s Sim, tenho mil e um escritos, Mas só um poema é sobre você
E este tem-me sido um companheiro incansável, Na batalha das decepções que o presente da vida veio a ser Desde então colmei-me de difíceis escolhas e percebi Nada mais será bom o bastante sem a dádiva de te ter. Nada sou perto de tua iridescência admirável.
Conheço uma única pessoa Capaz de emanar todas as cores mesmo sem permitir Tens sido excepcional ao ponto de me refletir. Pois sei, é preciso arriscar pra se libertar, Prometo estar aqui enquanto decidires ficar.
P.S: Fica!
Thaylla Ferreira Cavalcante