Par de olhos
Por lá andava eu, Solene com a mente em dispersão, A cada nova e temerosa respiração Tecendo um caminho não mais meu.
Um único par de olhos que se fizeram bastar, Junto a linha do horizonte a luz terrena jazia A lua inerte e vazia. Quase tanto quanto eu.
Prosto-me sobre ouropéis. Grama fria e orvalhada, Amaldiçoada por desejos infiéis.
Era errado o meu certo. Mas possuías total mérito, De se fazer presente sem merecer.