Thiago Rosa Cézar: DA ESCRAVIDÃO Às vezes não…

DA ESCRAVIDÃO

Às vezes não compreendo, O homem e o seu valor Que surrou o seu semelhante, Como se não sentisse dor E o pior de tudo, É que a razão foi a cor.

A escravidão é uma lembrança, Que envergonhou a história Vai ficar para sempre, Acesa na nossa memória.

Tendão de Aquiles da Pátria, Desse país varonil Vergonha pros Europeus, Que povoaram o Brasil.

Primeiro foram os índios, Saques, ruindades e invasões Depois vieram os negros, Morar em nossos galpões.

Não tinham nem pagamento, Gentileza e dignidade Não respeitavam os coitados, Desde a tenra idade Sofriam de sol a sol, Todo tipo de maldade.

Mas como eu disse em outra feita, O tempo é sempre Senhor Veio a Princesa Isabel, Com um resquício de amor Libertar os nossos negros, Daquela vida de horror.

Liberdade, palavra linda Quando se tem aonde ir, Pois daquelas fazendas Foram obrigados a sair, Só não sabiam para aonde, Não tinham onde dormir.

E esse foi o início Da diferenciação, Pois um negro doutor Não se vê hoje não, Resultado da vergonha Do princípio da Nação.

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