Soneto diuturno
Daquela janela o mesmo olhar, o mesmo Horizonte. Aquela ansiedade prévia, tão redundante quanto a frase, quase como o café de sempre tomado Lá fora, o mesmo som dos helicópteros que faziam daquele local uma rota aérea comercial
E para amanhã, o que teremos, a mesma rotina, a mesma esperança? Vamos comer o mesmo pão de lamentações, ou será que haverá algo novo? Bom, desta vez em anos, eu sei que sim, haverá
Futuramente o cenário será visto de outra janela, de outro horizonte Ficará no córtex, o registro daqueles estímulos, ao hipocampo caberá coordenar estas cada vez mais vagas lembranças de ontem. Deixará no canto da boca, aquele sorriso disfarçado de saudades, apesar de tudo Será ele, o culpado por lembrar as sentenças já proferidas, transitadas em nossas mentes condenatória
Enfim, sejam novos céus e novas terras, deste universo laboral, que nos faz mirar o horizonte pela janela e anelar um novo amanhã Viva a vida diurna, viva a esperança viva o trabalho, de onde quer que seja, desde que seja para perpetuar esta vital esperança.
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