MEU BARCO AO MAR
Sinto que está chegando a hora de zarpar âncora Não mais me sinto seguro, menos ainda útil neste porto. Vejo-me impotente, sentado à beira da plataforma sem nada fazer.
Não sei se ele ficou pequeno demais? Ou apenas monótono!
Sei, porém, que ele já não mais oferece o que eu julgo necessário à minha sobrevivência.
É hora de içar velas, e como marinheiro louco… Seguir a direção dos ventos ou lutar contra seu ímpeto furioso
Deixar-me orientar pelo brilho das estrelas, ou então baixar os olhos e deixa-los perdidos na escuridão da noite no mar Ousar-me desafiar as ondas turbulentas na tentativa de conquistar o horizonte que descortina aos meus olhos, ou permanecer na tranqüilidade e marasmo do cais.
Percebo que preciso lançar meu barco em águas profundas; Em águas revoltas, que embora ofereçam perigo, Também proporcionam um misto de aventura e desafio e no final da jornada a sensação de auto-realização.
É chegada a hora de desatracar meu barco; Lança-lo bravamente em direção ao horizonte que os meus olhos contemplam; Conquistar novo horizonte; Ancorar em outro porto; Caminhar por outros cais; Buscar, beber novas águas, E viver, ou pelo menos tentar viver os meus sonhos.