Todo o perigo da dor não é seu próprio doer: é a sua anestesia. A dor que já não se sente, nem em si e nem nos outros. A dor que perdeu a voz. A dor a que falta o espasmo. A dor que não causa espanto. A dor que não mais revolta. A dor que nos fez eunuco no amargo céu da impotência.