Sonhei um dia que eu era uma rosa cor-de-rosa, perfumada e bela. Do alto da minha juventude olhava o jardim e me sentia uma rainha que tudo sabia. Até o dia em que descobri que meu colibri havia ido beijar outras flores em outros jardins.
Via minhas pétalas caírem uma a uma e me entristecia. Quando um duende verde e saltitante apareceu e disse: Ó Rosa! Não olhe só para si. Veja suas flores e seis espinhos. Cada um deles é um filho, uma canção nas cordas do seu violão, um sonho a ser realizado.
E pela primeira vez senti que não existe fim, apenas um reciclar de vidas, e não era a primeira. Olhei de novo e vi que eu não era só aquela rosa. Eu era a roseira inteira.
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