Mundo Cego
O tempo arrasta o mundo, Qual um trem desgovernado Vai sem rumo, moribundo, Leva o homem flagelado Pro buraco que é sem fundo.
Já não pensa toda a gente Que só de futilidades Vem alimentando a mente: Não enxergam mais as grades Por viver tão livremente.
São sutis, subliminares, As mensagens das novelas E as músicas populares, Que nem são assim tão belas Mas enganam, sim, milhares.
É materialista a era, Este tempo que é moderno, Onde muito se venera O que pinta bem o inferno? E onde Deus é só quimera.