Descaminhos (II)
Procurei antigos livros para tentar saber como se pode virar as páginas da vida, mas, nessa longa e intensa busca percorrida nenhuma linha que foi lida, me deixou perceber se é possível, enfim, mudarmos nosso acontecer, para poder recriar novos caminhos e destino.
Sem qualquer chance de escolha e mesmo sem querer, aprendi finalmente então, que não somos somente nós a conduzir nossas vidas em todos os atos e passos
e, para não cometermos nenhum engano ou desatino, vamos vivendo segundo a sinfonia de velhos compassos que é regida sem nuances, bem de longe de nosso ser para ficarmos, como autômatos, presos ao que foi escrito, na ilusão efêmera que estaremos então a conduzir nossas vidas, por tudo aquilo que já temos dito que fizemos, que construímos, somos ou faremos.
Mas, sem condições reais de poder modificar tudo que já somos, imediatamente ao nascer, seguimos obedientes no caminho que recebemos.