Crise
A crítica que consome a alma. E a especulação que toma à calma.
O álcool que move, não movimenta, não o corpo, mas a tormenta.
A água que rega a fonte, que cala a sede, que corre o monte.
E a parede que desmonte Os tijolos, O concreto.
O concreto, Tão sutil Como o indiscreto.
E o abstrato, Tão retórico Quanto o destrato Que encha o prato.
O prato? O prato? O prato De quem tem fome Não ao vicio, esmola. Ao alimento, não ao que consome, mas para fome de quem não come!