Só pensando:
Hoje eu quero fazer um poema Falar sobre o que me convém Não sei qual será o tema Pra isso que me faz tão bem.
Parece exibicionismo Vontade de aparecer Pode ser ilusionismo Mas falo só pra espairecer.
Um pouco é vaidade minha Outro tanto é tristeza Um pouco é ser mesquinha Outro tanto é só proeza.
Mistura de exibe esconde Parece brincadeira de criança Achar mesmo sem saber onde Essa é minha esperança.
Do que eu fiz, nada arrependi Do que eu não fiz, menos ainda Cada coisa – eu aprendi – No seu tempo é bem vinda.
Saudades de muita gente Lembranças sem muitos “ais” Caminhar e seguir em frente Essas coisas me atraem mais.
Me guiaram algumas promessas Me perdi n’outras conversas Viajei por alguns planos Mas ficaram só nos sonhos.
Sem enganos … Sem enganos …
D’uns encontros nos caminhos Me disseram pra fugir Cai fora, me alertaram Eu fiquei, eu insisti Não me ferem os espinhos Não liguei pro que falaram.
Quando a vida me ensina Nada deixo pra depois Venha riso venha choro, Nada de mal agouro, Eu reforço a minha sina Eu aguento “todos dois”.
Quem dá de ser de alguém Será sempre de ninguém Porque se é pra ser do bem Pra ser o que de real convém Tem que ser livre Tem que voar também.
E se não deu pra ser nós dois Se nao deu de formar prole Não esmoreço não sou mole Pico a mula, tomo um gole Pra poder seguir depois.
S’as palavras juntei agora Agrupando em harmonia E pra não ser triste esse papel – Nisso peguei mania – Ponho ginga, melodia Tentando fazer poesia Tentando fazer cordel. (Pretenciooosa)