Dogmas e poesias
O céu é um lugar chato, disse um dia o Rubem… É, também acho ? diria a ele. Um lugar monótono. O que eu quero é a terra, a música que arrepia a pele, o sabor da comida de mãezinha, a excitação gostosa do corpo alheio, o aroma úmido do solo regado pelas chuvas, e a sofrença do amante de alguém. Devolvam a Deus o humor que lhe é bendito, o seu deleite sobre a criação. E que não se faça Dele as rubricas dogmáticas nossas… Nem me falem com horror da monotonia do céu ou das diabruras do inferno porque não quero dogmas, quero poesias.