Wellington Benevides: A última rosa É com amor Que dou a ti…
A última rosa
É com amor Que dou a ti A última rosa do jardim Dedico a você a ultima gota de sangue que pulsa em minhas veias Meu ultimo sorriso Minha ultima esperança Meu último devaneio Minha última lágrima O meu afeto já tão usado Meu sorriso já tão falso Meus braços velhos e cansados Que costumava segurar-te junto ao meu corpo Que acenava à você com ternura Que colhia rosas e presenteava as rosas com o que havia de melhor no mundo Você Era por você Que eu costumava perder-me em suspiros só de lembrar-te Que provocava em meu corpo uma confusão que nem sei Que me fazia o homem mais feliz do mundo Era em você que Meus cabelos enrolados Enrolavam-se entre seus dedos E eram seus E como tudo que há, um dia vai-se, perde-se Perdeu-me Perdeu-me em um piscar de olhos Perdeu-me como folhas ao vento Perdeu-me como água se perde em meio ao solo seco Rachou e partiu em mil pedaços Secou E acabou Acabou-se porque você não cuidou das flores, eu disse para colocá-las em um jarro com água Acabou-se porque você não cultivou meu sorriso Acabou-se porque meu corpo já te repudiava Acabou-se porque você não soube ser Não há sentido Porém quem sou eu para questionar o sentido das coisas Quem sou eu para depois de tudo que aconteceu Ter coragem de falar de amor Escrever de maneira tão tola minhas decepções Os motivos Você os conhece De maneira alguma, temos outra chance Entretanto Apesar de tudo Vim lhe trazer, a última rosa do meu jardim