-Soneto XLIII – Quanto mais fecho os olhos melhor vejo; o dia todo vi coisas vulgares; mas quando durmo em sonho te revejo; pondo no escuro luzes estrelares; tu, cuja sombra faz brilhar as sombras; pois tanto brilho no negror produzes. Como podem meus olhos abençoados; assim te ver brilhar em pleno dia; quando na noite escura deslumbrados; dentro de fundo sono eu já te via? Meu dia é noite quando estás ausente; e a noite eu vejo o sol se estás presente.