Willians Marques: Vendo Vozes Amanheço, Nasço, apareço…

Vendo Vozes

Amanheço, Nasço, apareço

Quando pequeno começando a me mostrar Tentando me comunicar e sem alguém pra me ajudar O silêncio me acompanha e onde quer que eu vá Com essa incerteza, será que irei mudar Cresci com esse dilema Meus Pais pensando ?será que ele tem algum problema?? Será que, será que Tentava me enturmar mais a minha escola, não é a ideal

Não era nada natural A TV… insiste em não comunicar-se comigo O deálogo me parece inviável È sempre lamentável E então, adormeço vendo vozes que não me dizem nada Pra você uma noite linda, mais pra mim sempre, angustiada Estou em uma confusão mental, estou cansado, desesperado Pois me deixe ser tratado, como igual

Entardeço, cresço, amadureço

Começo a encontrar pessoas, como eu as mesmas dificuldades, mesmas ansiedades As pessoas do mundo deveriam se ouvir mais Se abrir mais, não ser tratados como animais Algumas pessoas não se aproximam Por algum tipo de medo… Queria que acreditassem mais em mim Mais enfim

AAAA SE O MUNDO INTEIRO ME PODESSE OUVIR EU TENHO MUITO PRA CONTAR, DIZER QUE APRENDI

Mas estão sempre entretidas com outros sons Sons que não são os seus Pensamentos que não meus Essa é sempre insana Urbana condição humana

Anoiteço, aconteço, envelheço

As pessoas do mundo falam todas ao mesmo tempo O caos sonoro me faz pensar, pensar com lamento Que estão todas Surdas Surdas de tanto barulho Só escuto pedidos de socorro em gritos e murmúrios E é a capacidade de não ouvir que me mantém ainda lúcido no mundo. Não sei se pra você estou certo ou de repente um absurdo As pessoas do mundo, buzinam, gritam Mas nunca olham para o lado, quase sempre me evitam

Essa é sempre leviana Mundana condição humana

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